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terça-feira, 23 de abril de 2013

Plano de Trabalho - Formação em Castanheira


 
Plano de Trabalho
Ciências da Natureza e Matemática

Tema: Ocs MT - Planejamento
Título:Capacidades no Varal – Uma experiência de planejamento
Somente seja forte e muito corajoso!
Josué 1:7

Público Alvo: Educadores de Castanheira-MT
Duração: 4h
Professora Formadora:
Ana Paula Pereira da Silva – Ciências da Natureza e Matemática

Justificativa e Problemática
O Estado de Mato Grosso passa por um momento histórico de re-invenção das escolas, por meio do Ciclo de Formação Humana, onde propõe-se princípios da Educação Inclusiva, e visa a garantia da aprendizagem de todos os alunos, de acordo com suas potencialidades. Isso significa o re-pensar dos métodos de ensino-aprendizagem, a organização dos espaços e tempos para a aprendizagem, e a transformação na prática avaliativa.
Um recurso disponibilizado às instituições de ensino público, para formação continuada dos profissionais da educação, são as Orientações Curriculares para o Estado de Mato Grosso, no entanto, a própria proposta pedagógica encontra resistência entre os educadores que atuam nas escolas do Estado, e entre os motivos dessa rejeição está a experiência acadêmica e formação inicial com fortes influências positivistas, no modelo advindo do taylorismo/fordismo, dos mesmos atores que precisam hoje trabalhar de maneira diferenciada nas salas de aula. Outro ponto de destaque é o desconhecimento de diferentes métodos de ensino-aprendizagem, que possam de fato garantir a aprendizagem de todos. E ainda citamos a dificuldade de materializar a proposta a partir dos textos e tabelas de Capacidades e Descritores, presentes nas Ocs.
Essas reflexões nos movem a levantar a seguinte problemática:
Realizar experiências de planejamento por capacidade, análise de atividades clássicas e reflexões coletivas sobre possibilidades/impossibilidades pedagógicas nas Ocs MT podem contribuir com a prática pedagógica inclusiva?  

Objetivos

Objetivo Geral
Desenvolver exercícios reflexivos sobre a temática “Ocs de MT  - Planejamento” a partir da perspectiva do trabalho pedagógico, pautado na construção do conhecimento a partir de capacidades e descritores, sugeridos nas Orientações Curriculares, visando a desconstrução de conceitos sobre planejamento linear e subsidiando uma prática pedagógica inclusiva.

Objetivos Específicos
a) Destacar a importância do planejamento a partir das capacidades, e a proposta curricular em curso, o momento de vivificar os planos, está sustentado teoricamente pelas Orientações Curriculares de Mato Grosso - OCs de MT(2011b), precisa ser repensado a partir das capacidades e não restrito ao livro didático adotado;
b) Refletir sobre a necessidade da utilização de recursos variados para subsidiar a construção do conhecimento, entre estes citamos a Resolução de Problemas e o Método Científico;
c) Incentivar a criticidade e criatividade na escolha, planejamento e utilização de materiais para auxiliar nos processos de ensino e aprendizagem;
d) E experienciar práticas dinâmicas de avaliação das possibilidades de uma atividade, aliando diferentes situações para construção/desenvolvimento do conhecimento nas diferentes fases da Educação Básica.

Metodologia
Com base em Ausubel e Vigotsky, apontamos o trabalho em grupos, a discussão de idéias e a socialização dos trabalhos como formas de romper com alguns paradigmas da educação – a educação para todos – que ainda (super)valoriza apenas os mais fortes, os que correspondem à um único perfil educacional, defendido por tantos e por tanto tempo como ideal.
Ainda propomos um enfrentamento com as práticas de repetição e reprodução descontextualizadas, inseridos em nossas práticas por meio dos modelos escolares que há tempos têm sido apontados como problemáticos e que não proporcionam condições de sucesso no mundo tecnológico e científico.
As dinâmicas de reconstrução e repensar de algumas atividades costumeiras apresentam esse intuito de colocar a prova algumas condições em que os alunos são constantemente submetidos, por exemplo, as atividades individualizadas, cuidado excessivo com a disciplina, reprodução de livros didáticos, tal qual estes se apresentam, entre outras.
Ainda buscaremos explorar o potencial das atividades, a criatividades dos educadores, para que estes consigam conduzir e reconduzir quando necessário, as propostas educativas, mas a partir de práticas reflexivas de planejamento, didática e avaliação. Isso poderá ser visualizado na alternância em criar atividades com base em alguma capacidade, e depois elencar algumas capacidades nas atividades escolhidas de antemão.
Nesse viés de pensamento, citamos Mato Grosso  que afirma que “a pedagogia deverá permitir ao aluno compreender que, mais do que dominar conteúdos, deverá aprender a se relacionar com o conhecimento de forma ativa, construtiva e criadora” (2010, p. 28, 29). Portanto, nosso propósito é refletir sobre a escola posta e a escola necessária, uma vez que temos a perspectiva de que esta escola que queremos proporciona, de acordo com Mato Grosso, a “emancipação humana e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.” (2010, p.29).

            Para tanto elencamos o seguinte roteiro:
Atividade 1. Mostrar no projetor de multimídias algumas atividades de matemática, ciências, biologia, química e física, retiradas da internet, para que os professores possam elencar oralmente algumas capacidades explícitas no exercício.
Atividade 2. Em seguida, distribuímos aleatoriamente algumas atividades para eleição das respectivas capacidades e a descrição das capacidades/descritores realizadas nas roupinhas (de papel), que podem ser recortadas, coloridas com lápis de cor, penduradas no varal e apresentadas para o grupo maior.
Atividade 3. Distribuímos em envelopes, algumas capacidades/descritores da área de CNM em tirinhas, de maneira aleatória. Nesse momento os profissionais tem que criar ou escolher entre as atividades que habitualmente trabalham, quais delas atendem a necessidade sugerida para construção/desenvolvimento da capacidade. Novamente seriam coladas nas roupinhas e penduradas no varal, as capacidades e respectivas atividades de matemática criadas.
Atividade 4. Nesse momento, a proposta é de elaboração das atividades de intervenção pedagógica em reparação às escolhas da atividade anterior, caso não fossem adequadas ou os alunos não desenvolvessem/construíssem a capacidade pretendida. Obs. Nessa atividade indicaremos a possibilidade de elaborar(pesquisar) atividades para alunos com Necessidades Educacionais Especiais.
Atividade 5. Essa atividade final caracteriza-se como uma auto-avaliação, em que cada educador@ comenta sobre a formação no sentido de evidenciar a contribuição para o trabalho pedagógico inclusivo, onde buscaremos a evidência de construção/desconstrução de conceitos.

Materiais
Barbante
Pregadores
Cópias das roupinhas
Cola
Tesoura
Cópias das capacidades/descritores
Cópias de atividades da área de CNM

Referenciais Teóricos
ALVES, Rubem Azevedo. Conversas com quem gosta de ensinar.  São Paulo: Ars Poetica, 1995.
MATO GROSSO. Secretaria de Estado de Educação. Orientações Curriculares: Concepções para a Educação Básica. Cuiabá: Defanti, 2010a
MATO GROSSO. Secretaria de Estado de Educação. Orientações Curriculares: Área de Ciências da Natureza e Matemática para Educação Básica. Cuiabá: Defanti, 2010b
SILVA, Ana Paula Pereira da. LOPES, Sibeli. Matemática no Varal: Pontos e Contra Pontos de uma Experiência Formativa com Professoras do I Ciclo. (Artigo apresentado no VII SEVA – Seminário do Vale do Arinos.) Juara: UNEMAT, 2012.

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